Eric Thomas

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Concorrência:

Não se iluda: você tem concorrência, sim.
Sempre vai existir alguém com um preço parecido, um público semelhante ou um produto quase igual ao seu. A grande questão é: o que faz você diferente? Num mercado onde a boa comida virou obrigação, o que fideliza não é o prato — é a experiência. E a experiência só se sustenta com coerência, autenticidade e propósito.

É aqui que entra a hospitalidade. Não como gentileza ou formalidade, mas como estratégia. Uma vantagem competitiva real, emocional e impossível de copiar.

Você consegue explicar o conceito do seu restaurante em 20 segundos?
Seu garçom saberia?
Seu cliente conseguiria dizer, com clareza, por que volta para a sua casa e não para a do vizinho?

O sucesso está nesses detalhes invisíveis que a maioria ignora. Na era da internet, toda ideia pode ser copiada e melhorada. Mas existe uma coisa que ninguém consegue duplicar: a maneira como você faz as pessoas se sentirem. Não dá para tirar foto de sentimento. Não dá para automatizar conexão. É por isso que a hospitalidade, quando bem aplicada, se torna uma fortaleza emocional que a concorrência não acessa.

Will Guidara, restaurateur com estrela Michelin, teve uma sacada genial: antes de abrir seu restaurante, mandou sua equipe jantar nos concorrentes. Na reunião, pediu que listassem tudo o que faltou na experiência. Ele usou essa lista de ausências — não de acertos — como base para criar os diferenciais da própria operação.
O recado é claro: não tente fazer melhor o que o outro já faz bem. Descubra o que ele não faz e faça disso o seu maior diferencial.

Muitos restaurantes entregam uma boa experiência. Mas a memória do cliente é curta. A concorrência é alta. As opções são infinitas. Quem não aparece simplesmente some do radar. Esperar o cliente voltar espontaneamente é apostar na sorte — e sorte não é uma estratégia.

Hospitalidade estratégica é criar experiências intencionais e memoráveis em cada ponto de contato com o cliente. Não basta ser bom. Tem que ser lembrado. Tem que ser sentido.

Sente-se um dia no seu salão — ou no do concorrente — e observe o teatro. A linguagem corporal. A energia da equipe e dos clientes. Veja quem está presente de verdade e quem está apenas cumprindo tabela. Muitas vezes, o problema não é o problema em si — é a forma como você enxerga ele. É falta de intenção, de cultura, de liderança.

As pessoas pagam mais pela experiência. E nenhuma boa ideia resiste a uma entrega morna. Hospitalidade são os pequenos gestos que ninguém espera, mas que os clientes nunca esquecem.

Você prefere vender todos os dias para um cliente novo ou vender dez vezes para o mesmo cliente fiel?
Fidelizar custa menos, gera mais e constrói reputação. É saber o nome do cliente. É colocá-lo na mesa que ele gosta. É oferecer o que ele ama sem precisar do cardápio. É transformar rotina em encantamento. Isso não aparece no seu DRE, mas impacta diretamente nos seus resultados.

A hospitalidade não pode ser só uma técnica. Tem que estar no DNA. Precisa ser desejada, não forçada. Precisa ser vivida, não decorada. Quando você entende isso de verdade, sai da guerra por atenção e entra no jogo do valor percebido. Você deixa de ser só mais uma opção e vira a escolha óbvia.

Pode ter alguém com um produto melhor que o seu. Um ambiente mais bonito. Uma gestão com mais dinheiro, mais gente jovem, mais tecnologia. Mas ninguém vai conseguir copiar o relacionamento que você construiu com os seus clientes. Isso é ativo emocional. É fidelidade. É vantagem competitiva de longo prazo.

Enquanto muitos donos de restaurante vivem com a cabeça tomada por crises, críticas, concorrência e burnout, o segredo pode estar em voltar ao essencial: saber o que você quer, por que faz o que faz e para quem faz. Estabelecer metas. Criar uma brigada foda e treinar. Entregar uma promessa real. Ter um sistema claro, uma liderança forte e um mindset de dono. Melhorar um pouquinho todos os dias. A viagem é a recompensa — não o destino.

No fim do dia, você não está vendendo comida. Você está vendendo emoção. Conforto. Felicidade. Está mudando o dia das pessoas — ou, pelo menos, deveria estar.
E isso começa com uma escolha: deixar de ser invisível. Humanizar o sistema. Colocar o cliente no centro. Largar a espada da guerra por novos clientes e focar em quem já confia em você. Porque fidelização não se escala com algoritmo. Se constrói com presença, com intenção, com alma.

Você já chama o cliente pelo nome? Já oferece algo antes que ele peça? Seu time sabe fazer isso porque quer ou porque mandaram? A diferença entre serviço e hospitalidade está justamente aí. Serviço você faz porque precisa. Hospitalidade, você faz porque acredita.

Essa é a diferença entre ser lembrado… ou esquecido.

Se quiser transformar sua operação com hospitalidade estratégica, me chama. Posso te ajudar a construir uma marca que ninguém copia porque é sentida.

Eric Thomas

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