Fui para um restaurante outro dia na Vila Madalena, aqui em São Paulo.
Você sabe que, ao escolher um restaurante, se o estacionamento é difícil, o valet acaba sendo indispensável, concorda?
Enfim, depois de deixar o carro com o valet, entrei no restaurante, esperei uns 10 minutos para sentar na mesa (mesmo tendo feito reserva). Fiz o pedido com a garçonete e tudo foi servido conforme as normas e treinamentos do local.
Até este momento, estava tudo ok, apesar do tempo de serviço ser um pouco longo e confuso. Como o restaurante estava cheio, entendo que essa demora é compreensível.
Pratos bons e preço justo, apesar da demora.
Quando eu sento no restaurante, sempre fico observando o andamento da casa. Neste dia, uma mesa ao meu lado, com duas crianças pequenas, pediu para a garçonete chamar o valet antecipadamente.
Imagine o cenário: um casal jovem com duas crianças pequenas, um dos filhos já dormindo na cadeira e a outra chorando querendo ir embora.
Os pais já solicitaram a conta, já que o “prazo de validade” desse momento estava mais do que vencido!
A mãe, gentilmente, perguntou para a garçonete se poderia incluir o valet na conta e chamar o carro antecipadamente, para não ficar do lado de fora esperando enquanto segurava um filho no colo e acalmava o outro, que também pedia colo.
Ela rapidamente respondeu que não podia e virou as costas para conversar com a colega de trabalho.
Eis a diferença entre hospitalidade e serviço.
Serviço você tem em qualquer restaurante.
O serviço dela estava sendo entregue conforme o treinamento: ela deu boa-noite, anotou os pedidos, serviu os produtos e entregou a conta.
Mas… não podia ter adiantado o carro e feito a arte da #hospitalidade?
Você pode treinar a equipe para a perfeição — e, de certo modo, estava tudo padronizado e correto —, mas a arte da hospitalidade daria aquele motivo a mais para o cliente mencionar aos amigos e familiares a excelente experiência vivida no restaurante.
Nunca vou falar mal de um restaurante aqui, porque sei como é difícil o serviço. Mas restaurante lindo, bem decorado, comida perfeita, preço justo e serviço perfeito… todos executaram o seu papel e entregaram o prometido.
Mas faltou o cliente sair mais feliz do que quando entrou.
Eis a hospitalidade! Que, inclusive, é algo que eu prezo muito para quem vem comer aqui no Tantra.
Você já teve alguma experiência assim em algum restaurante?